Guaíba deve alcançar nível crítico nos próximos dias

Guaíba deve alcançar nível crítico: a enchente que atinge o Rio Grande do Sul se agrava rapidamente com a elevação crítica dos principais rios do estado. Em decorrência das chuvas…
BR-290 é bloqueada, Chuvas intensas
Foto: IA

Guaíba deve alcançar nível crítico: a enchente que atinge o Rio Grande do Sul se agrava rapidamente com a elevação crítica dos principais rios do estado.

Em decorrência das chuvas persistentes, que superam 300 mm em algumas regiões, cidades como Alegrete, Restinga Sêca, Jaguari, São Sebastião do Caí e outras enfrentam alagamentos severos e estão em situação de alerta.

A projeção indica que o Guaíba, em Porto Alegre, deve subir até o final da semana.

Rios ultrapassam cotas e situação se agrava no interior

No município de Restinga Sêca, o Rio Vacacaí transbordou, alagando casas e ruas do balneário Passo das Tunas.

Em Alegrete, no Oeste do estado, o nível do Rio Ibirapuitã atingiu 10,52 metros nesta manhã — ultrapassando os 9,70 metros da cota de inundação.

A prefeitura já solicita doações de colchões, alimentos, roupas e produtos de higiene para as vítimas.

No Centro do estado, os rios Jaguari, Ibicuí, Vacacaí e Vacacaí Mirim seguem em elevação.

A situação mais preocupante é em Jaguari, que decretou estado de calamidade pública com mais de mil pessoas desalojadas.

O Rio Jaguari chegou a 13 metros nesta manhã.

O Vacacaí Mirim também preocupa ao causar inundações em diversas áreas do Centro gaúcho, como em Restinga Sêca.

Guaíba deve alcançar nível crítico

Embora o Guaíba, em Porto Alegre, esteja abaixo da cota de transbordamento (com 1,31 metro no Cais Central da Avenida Mauá), a MetSul Meteorologia alerta para uma elevação rápida do nível nas próximas horas.

A vazão acumulada de rios como Jacuí, Caí e Taquari contribuirá para essa subida.

Em Dona Francisca, o Rio Jacuí superou a cota de inundação, o que deve refletir em alagamentos em Cachoeira do Sul, Vale do Rio Pardo, Região Carbonífera e Eldorado do Sul.

Já o Rio Caí alcançou 10 metros em São Sebastião do Caí e sobe 14 cm por hora.

O Rio Taquari, por sua vez, ultrapassou 19 metros e avança a 26 cm por hora, gerando alagamentos pontuais no Vale do Taquari.

A Fronteira Oeste deve ser impactada nos próximos dias com a elevação do Rio Uruguai, especialmente entre Uruguaiana e São Borja, que também recebem o aporte da cheia do Ibicuí.

A estação do Instituto Nacional de Meteorologia em Porto Alegre, no bairro Jardim Botânico, registrou 82 mm em 12 horas até 6h da manhã desta quarta-feira.

Entre a meia-noite e 6h da manhã caíram 61 mm, o que equivale a metade da média do mês.

Alerta para Porto Alegre, Canoas e Alvorada

De acordo com a Metsul, não há risco de repetição das enchentes históricas de maio de 2024, áreas como as ilhas de Porto Alegre, Praia de Paquetá, em Canoas, e o Arroio Feijó, em Alvorada, devem registrar alagamentos devido ao represamento das águas e à elevação do Guaíba.

As bacias dos rios Sinos e Gravataí também tendem a aumentar o volume, mas sem entrar em cota de cheia.

Instabilidade continua e mais chuva está prevista

A previsão do tempo indica que a instabilidade vai persistir.

Entre a tarde e a noite desta quarta-feira, as chuvas seguem intensas em diversas regiões do estado, com possibilidade de pancadas torrenciais no Centro gaúcho.

Em Porto Alegre, as precipitações devem retornar com força, após uma breve trégua.

Na quinta-feira, o tempo permanece fechado na Grande Porto Alegre, com chuva a qualquer momento.

Embora os volumes previstos sejam menores, a umidade continua elevada.

Na sexta-feira, a atuação de uma área de baixa pressão manterá o céu nublado e com possibilidade de mais chuvas, mas com tendência de melhora ao longo do dia.

O sábado deverá marcar o início de uma trégua, com tempo seco predominando.

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