Laudo confirma causa da morte de Juliana Marins, de 26 anos, após trágico acidente durante trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia.
O documento, elaborado pelo Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro, apontou que a jovem morreu em decorrência de politraumatismo e hemorragia interna provocados pela queda de um penhasco.
A confirmação foi possível após exame cadavérico feito no Brasil, a pedido da família, que buscava respostas mais precisas após a primeira perícia feita na Indonésia.
A brasileira, natural de Niterói (RJ), teria sobrevivido por, no máximo, 15 minutos após o impacto.
Laudo confirma causa da morte de Juliana Marins
Os peritos ressaltaram que, apesar do corpo ter chegado ao Brasil já embalsamado, o exame identificou sinais de múltiplos traumas.
Não foi possível, no entanto, determinar a hora exata do óbito devido ao estado de conservação do corpo.
O laudo ainda traz um aspecto doloroso: há indícios de que Juliana pode ter sofrido antes da morte, tanto física quanto psicologicamente.
De acordo com os especialistas, o impacto pode ter sido precedido por um “período agonal”, com intenso sofrimento, estresse metabólico, imunológico e endócrino.
Laudo anterior foi realizado na Indonésia
Antes da autópsia no Brasil, a Indonésia já havia emitido um laudo preliminar, apontando que a jovem morreu cerca de 20 minutos após a queda, descartando a possibilidade de hipotermia.
Entretanto, o documento indonésio não detalhou o momento exato da queda nem o que poderia ter antecedido o acidente.
Diante da falta de clareza, a família insistiu por uma nova avaliação mais criteriosa, agora sob responsabilidade das autoridades brasileiras.
Quem era Juliana Marins
Juliana Marins era formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Em fevereiro, iniciou um mochilão solo pela Ásia, onde visitou países como Filipinas, Tailândia, Vietnã e, por fim, a Indonésia.
Em suas redes sociais, ela compartilhava reflexões sobre a vida, suas emoções intensas e registros das paisagens por onde passava.
Poucas semanas antes da tragédia, ela descreveu momentos de ansiedade e superação durante a viagem:
“Nunca me senti tão viva”, escreveu em uma das últimas publicações no Instagram, relatando as experiências intensas em Ha Giang, no Vietnã.
Juliana também era praticante de pole dance e transmitia uma personalidade vibrante, aventureira e livre. Sua trajetória inspirava seguidores e amigos, que agora prestam homenagens comoventes nas redes sociais.