As mortes de cães em Osório levaram a Polícia Civil do município a deflagrar, na tarde desta quarta-feira (25), uma operação de repressão e investigação, que resultou no cumprimento de medidas cautelares judiciais e na apreensão de uma arma de pressão modificada e vasta quantidade de munições.
A ação foi conduzida pelos agentes do cartório “Amigo dos Animais”, da Delegacia de Polícia de Osório.
O alvo da medida foi um homem de 53 anos, que foi localizado pelas autoridades em posse de uma arma com características adulteradas, capaz de aumentar a potência dos disparos.
O armamento será encaminhado à perícia para verificar se está ligado à morte de um cão, cujo corpo apresentou perfurações pulmonares causadas por projétil compatível com esse tipo de equipamento.
O delegado João Henrique Gomes de Almeida, responsável pelo caso, destacou que a operação é resultado de investigações iniciadas a partir de denúncias da comunidade e matérias divulgadas em redes sociais e portais locais, relatando uma sequência de mortes misteriosas de cães na cidade.
Com base nesses relatos, foi instaurado inquérito para apurar as causas das mortes e identificar possível autoria criminal.
Durante o andamento das diligências, a Polícia Civil coletou elementos que apontam para o envolvimento humano, especialmente após exames indicarem que ao menos um dos animais foi atingido por disparo de arma de pressão, o que reforçou a suspeita de crime ambiental previsto na Lei 9.605/98, que trata dos crimes contra a fauna e a flora e pode resultar em penas de até 5 anos de reclusão.
Ainda de acordo com o delegado, as investigações seguem em curso e novas ações não estão descartadas.
Mortes de cães em Osório
A apuração também busca identificar se há ligação entre os casos relatados ou se tratam-se de ocorrências isoladas, além de verificar a possível existência de outros autores envolvidos.
A participação da população tem sido fundamental, conforme ressalta o delegado, incentivando que denúncias anônimas continuem sendo feitas.
A comunidade pode colaborar com as investigações por meio do telefone (51) 99912-0456. O sigilo da identidade dos denunciantes é garantido pelas autoridades.