Nova variante da Covid-19 identificada no Brasil é monitorada pela OMS

A nova variante da Covid-19 já circula no Brasil, também conhecida como Stratus, foi identificada em oito pacientes brasileiros entre maio e junho de 2025, sendo dois casos em São…
Nova variante da Covid-19
Foto: Início do processo de infecção pelo patógeno. Registro do momento exato em que uma célula é infectada pelo novo coronavírus, obtido durante estudo que investiga a replicação viral do Sars-CoV-2 realizado pelos Laboratório de Morfologia e Morfogênese Viral e Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo, Instituto Oswaldo Cruz.. microscopia eletrônica; célula coronavírus; sars-cov-2 © Débora Barreto/Fiocruz

A nova variante da Covid-19 já circula no Brasil, também conhecida como Stratus, foi identificada em oito pacientes brasileiros entre maio e junho de 2025, sendo dois casos em São Paulo e seis no Ceará, sem registros de óbitos.

A confirmação do Ministério da Saúde ocorre em meio à disseminação global da cepa, que já foi detectada em 38 países e tem circulação predominante no Sudeste Asiático, especialmente na Índia.

Nova variante da Covid-19 é monitorada pela OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou recentemente a variante XFG como “sob monitoramento” devido ao crescimento da sua presença global.

Ainda que o risco à saúde pública, em escala mundial, seja considerado baixo pela OMS, a velocidade de disseminação levanta preocupações.

Entre 26 de maio e 1º de junho, a variante foi responsável por 22,7% das amostras sequenciadas mundialmente, frente a 7,4% quatro semanas antes.

No Sudeste Asiático, esse índice subiu de 17,3% para 68,7%.

Perfil da XFG: combinação inédita de linhagens da Ômicron

A nova cepa é resultado da recombinação das variantes LF.7 e LP.8.1.2, ambas descendentes da linhagem Ômicron.

A amostra mais antiga foi coletada em 27 de janeiro de 2025.

Estudos apontam que a XFG apresenta mutações distintas na proteína Spike, utilizada pelo vírus para invadir as células humanas.

Segundo a OMS, essas alterações tornam a variante levemente mais resistente ao sistema imunológico, se comparada à LP.8.1.

Nova variante da Covid-19: especialistas avaliam o risco

Para o infectologista Renato Grinbaum, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o número maior de mutações inspira cuidado.

“Existe uma chance, ainda que remota, de surgirem casos mais graves.

Mas não é como o que vimos em 2020”, afirma.

O especialista reforça que o alerta atual é mais voltado aos profissionais da saúde do que à população em geral.

“Não se trata de uma nova pandemia, nem é motivo para pânico.”

A classificação “sob monitoramento” é a menos preocupante entre as categorias da OMS.

As próximas escalas de risco incluem “variante de interesse” e “variante preocupante”, esta última associada a alto potencial de transmissão ou severidade.

Sintomas da nova variante incluem sinais gastrointestinais

Os sintomas provocados pela XFG são semelhantes aos de outras variantes da Covid-19, mas há alguns sinais diferenciados.

Entre os mais relatados estão dor abdominal, diarreia e rouquidão.

Tosse, febre e fadiga continuam sendo frequentes, mas os sintomas digestivos aparecem com maior incidência nesta nova cepa.

Vacinação segue sendo a principal proteção

Apesar das mutações, a OMS informa que as vacinas contra a Covid-19 aprovadas seguem eficazes na proteção contra casos graves da XFG.

O Ministério da Saúde reforça a importância da imunização, destacando que, até julho de 2025, mais de 14,2 milhões de doses foram distribuídas em todo o território nacional.

Desde 2024, o imunizante foi incorporado ao Calendário Nacional de Vacinação para gestantes, crianças e idosos.

As doses estão disponíveis gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do país.

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Jornalista especializada em conteúdo digital e narrativas que conectam. Apaixonada por histórias que importam.

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