A inadimplência no Rio Grande do Sul atingiu um recorde alarmante de 40,9% em janeiro, retomando o patamar visto em abril do ano passado, antes da suspensão das negativações por 60 dias devido à enchente.
Com quatro em cada dez adultos enfrentando dívidas em atraso, o problema se agrava principalmente com bancos e financeiras, segundo levantamento da Serasa Experian.
Atualmente, mais de 3,6 milhões de gaúchos estão inadimplentes, acumulando um montante de R$ 21,3 bilhões em dívidas, o que equivale a uma média de R$ 5.900 por devedor.
Cidades gaúchas com mais inadimplentes:
Porto Alegre: 521 mil pessoas (R$ 3,4 bilhões em dívidas)
Caxias do Sul: 148,5 mil pessoas (R$ 988 milhões)
Canoas: 145,8 mil pessoas (R$ 869 milhões)
Pelotas: 109,3 mil pessoas (R$ 584 milhões)
Santa Maria: 99 mil pessoas (R$ 578 milhões)
Novo Hamburgo: 84,9 mil pessoas (R$ 541 milhões)
Passo Fundo: 76,1 mil pessoas (R$ 477 milhões)
Para ajudar na regularização das dívidas, a partir desta segunda-feira (24), será possível renegociar pendências em agências dos Correios, graças a uma parceria com a Serasa.
O atendimento é gratuito e contará com 884 pontos espalhados pelo Rio Grande do Sul.
Como é feito o cálculo da inadimplência?
Também são considerados títulos protestados e cheques sem fundo, refletindo melhor as oscilações econômicas.
De acordo com o economista da Serasa, Luiz Rabi, o ano deve ser marcado por uma inflação persistente e juros elevados, um cenário que historicamente agrava ainda mais a inadimplência.
